segunda-feira, 6 de junho de 2011

Corri mundo.

Corri mundo.

Corri brejos, passei mil Tejos

Corri terras, corri mares,

Saltei pontes, bebi de fontes.

Vi países, li brochuras.

Em mim corriam diabruras e loucuras,

Continuei em frente, sem ternuras.

E fui mais longe, mais além.

Fui a terras de ninguém,

Atravessei desertos, sem vintém.

Vi almas penadas

As coitadas....

E continuei a correr

Por mais não saber.

E um dia voltei ao ponto dó.

Nada mudara, tudo ficara.

Não lamentei a correria,

Nem o livre alvedrio.

E, se alguém ler estas letras,

Fique ciente que não são petas.

Sou só, mais não sei....

Que errar na vida ao som

De cem guitarras funestas

Amarfanhando giestas.

Quis-me a Vida assim...

CLF

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