Corri mundo.
Corri brejos, passei mil Tejos
Corri terras, corri mares,
Saltei pontes, bebi de fontes.
Vi países, li brochuras.
Em mim corriam diabruras e loucuras,
Continuei em frente, sem ternuras.
E fui mais longe, mais além.
Fui a terras de ninguém,
Atravessei desertos, sem vintém.
Vi almas penadas
As coitadas....
E continuei a correr
Por mais não saber.
E um dia voltei ao ponto dó.
Nada mudara, tudo ficara.
Não lamentei a correria,
Nem o livre alvedrio.
E, se alguém ler estas letras,
Fique ciente que não são petas.
Sou só, mais não sei....
Que errar na vida ao som
De cem guitarras funestas
Amarfanhando giestas.
Quis-me a Vida assim...
CLF
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